Fim-de-semana pleno de actividade a todos os níveis, os medidos materialmente e níveis aos quais está por inventar instrumento ou ferramenta que mensure.
Concerto Cinematic Orchestra uma desilusão só superada pela expectativa. Valeu pela teimosia de um baterista que vomitou prazer individualista, prendendo uma sala magnífica a merecer ser visitada muitas mais vezes e cujos espaços foram preenchidos por fumos de fazer sorrir e sonhar. Seguiu-se depois, do antecedente jantar num italiano, uma ida à nova baixa do Porto. Palpitação de energia, de vida. Artérias repletas de gente, odores estranhos e ao mesmo tempo tão conhecidos. Palete de pessoas e multiculturalidades, sons tão indistintamente intuitivos... Companhia insubstituível...
Preguiça interrompida por um telefonema e continuada com a certeza que não dava ondas. A preguiça precipitou um caudal de energia intenso de tarde. Sinto como se o fato não vestisse a pele, é a pele que esconde o fato. Surfo a tarde toda... Correria desenfreada, compensada por um lugar de estacionamento estratégico. 40 min, arrumar material, tomar banho e chegar a Guimarães. Enfim a merecida cerveja na esplanada com amigos, sem os tremoços, mas os ingredientes principais estavam todos. Romaria ao estádio ali ao lado. Formidável, libertar de tensões e conflitos.
Malditos restaurantes italianos, venha o "Carroça" e não sobraram bois para me puxar de lá para fora. Subir o nível como quem diz, mais cerveja que daqui é sempre a descer. S. Martinho bar, belas recordações me trazem ainda deste ano: "Love will tear us appart". Passo com distinção à dura prova que me propus, não desaprendi, é tudo tão óbvio, tão isento de chama, tão sem alma, tão de nada e tão pouco de tudo... mas eu sei, eu posso, eu não quero; adeus que me vou.
À distância de um telefonema tenho um final de noite com um simbolismo inquietante... "Toto gostas de mim?" Pensei que o exame tinha terminado. Radar assinala algo estranho; há algo, não pode, não quero, não permitirei, mas estou tão próximo que consigo tocar e toco. De repente percebo que este fogo que me devora incontrolável só tem uma forma de ser extinto... Este início de deflagrar desta centelha, que mais não é uma luz que não esconde o poder "destrutivo", seduz-me numa interminável sensação de abismo. É mesmo abismo, caio de um, faço ricochete e sou lançado novamente para um outro, sem piedade. Que há comigo e esta atracção por causas impossíveis? Não pode ser receio de intimidade, não desta vez, o único escudo que transportava comigo era o da ingenuidade e o pseudo sucesso de ter passado um exame "auto-flagelado"...
Deito-me e não sei se é dia se é noite. A luz é alguma e na música dos pássaros não sei se dizem olá ao sol ou à lua. Não me deixo ficar muito pela cama. Não é o telefonema que vai se tornar aliado da preguiça. O cenário repete-se, mas agora vejo-o com os próprios sentidos. Sem ondas, lugar a pequeno almoço, com aqueles que padecem da mesma "doença". À tarde, será à tarde, mas primeiro almoço nos papas com o ritual habitual que num abrir e fechar de olhos se resume uma correria desenfreada, para chegar novamente à praia. Surf total...
"It wont fly the seven seas to you
Cause it didnt leave my room
But it awaits the hands of someone else
The garbage man"
O universo expande-se para de seguida se encolher sobre si mesmo. Fujo para os confins mas tudo o que encontro é o início. Buraco negro que nunca foi estrela, mas se consigo segurar das mais belas borboletas nas minhas mãos, talvez um dia, talvez...
Concerto Cinematic Orchestra uma desilusão só superada pela expectativa. Valeu pela teimosia de um baterista que vomitou prazer individualista, prendendo uma sala magnífica a merecer ser visitada muitas mais vezes e cujos espaços foram preenchidos por fumos de fazer sorrir e sonhar. Seguiu-se depois, do antecedente jantar num italiano, uma ida à nova baixa do Porto. Palpitação de energia, de vida. Artérias repletas de gente, odores estranhos e ao mesmo tempo tão conhecidos. Palete de pessoas e multiculturalidades, sons tão indistintamente intuitivos... Companhia insubstituível...
Preguiça interrompida por um telefonema e continuada com a certeza que não dava ondas. A preguiça precipitou um caudal de energia intenso de tarde. Sinto como se o fato não vestisse a pele, é a pele que esconde o fato. Surfo a tarde toda... Correria desenfreada, compensada por um lugar de estacionamento estratégico. 40 min, arrumar material, tomar banho e chegar a Guimarães. Enfim a merecida cerveja na esplanada com amigos, sem os tremoços, mas os ingredientes principais estavam todos. Romaria ao estádio ali ao lado. Formidável, libertar de tensões e conflitos.
Malditos restaurantes italianos, venha o "Carroça" e não sobraram bois para me puxar de lá para fora. Subir o nível como quem diz, mais cerveja que daqui é sempre a descer. S. Martinho bar, belas recordações me trazem ainda deste ano: "Love will tear us appart". Passo com distinção à dura prova que me propus, não desaprendi, é tudo tão óbvio, tão isento de chama, tão sem alma, tão de nada e tão pouco de tudo... mas eu sei, eu posso, eu não quero; adeus que me vou.
À distância de um telefonema tenho um final de noite com um simbolismo inquietante... "Toto gostas de mim?" Pensei que o exame tinha terminado. Radar assinala algo estranho; há algo, não pode, não quero, não permitirei, mas estou tão próximo que consigo tocar e toco. De repente percebo que este fogo que me devora incontrolável só tem uma forma de ser extinto... Este início de deflagrar desta centelha, que mais não é uma luz que não esconde o poder "destrutivo", seduz-me numa interminável sensação de abismo. É mesmo abismo, caio de um, faço ricochete e sou lançado novamente para um outro, sem piedade. Que há comigo e esta atracção por causas impossíveis? Não pode ser receio de intimidade, não desta vez, o único escudo que transportava comigo era o da ingenuidade e o pseudo sucesso de ter passado um exame "auto-flagelado"...
Deito-me e não sei se é dia se é noite. A luz é alguma e na música dos pássaros não sei se dizem olá ao sol ou à lua. Não me deixo ficar muito pela cama. Não é o telefonema que vai se tornar aliado da preguiça. O cenário repete-se, mas agora vejo-o com os próprios sentidos. Sem ondas, lugar a pequeno almoço, com aqueles que padecem da mesma "doença". À tarde, será à tarde, mas primeiro almoço nos papas com o ritual habitual que num abrir e fechar de olhos se resume uma correria desenfreada, para chegar novamente à praia. Surf total...
"It wont fly the seven seas to you
Cause it didnt leave my room
But it awaits the hands of someone else
The garbage man"
O universo expande-se para de seguida se encolher sobre si mesmo. Fujo para os confins mas tudo o que encontro é o início. Buraco negro que nunca foi estrela, mas se consigo segurar das mais belas borboletas nas minhas mãos, talvez um dia, talvez...
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