Ao longo "curta" existência sempre fui balizando os meus sucessos com indicadores mais ou menos tangíveis. Eles foram sempre a força motriz que me impeliu a prosseguir. Com o virar da década do BI, os objectivos profissionais foram perfeitamente atingidos e mesmo superados, ficando os pessoais muito aquém dos requisitos mínimos.
Seguiram-se períodos férteis de anseios, redefinições, indefinições e frustrações. Despropósitos insolventes de projectos hipotecados pela incapacidade de sonhar sonhando. Encurtar horizontes temporais, alargar espaço territorial, tudo fui pesado, medido, auscultado e sem sucesso.
A deambulação pelos livros e pela música trouxe algumas perguntas, sem no entanto esgotar nenhuma resposta, mas pelo menos afigura-se um arco-íris para percorrer na expectativa do pote de ouro na outra extremidade. Materializei esta ânsia em algo mais humano, mais terreno. Depressa a boa notícia e a má foram se tornaram uma só. O meu vaticínio comprova-se e já muitas mentes se inquietaram antes, os mesmos gritos surdos se fizeram ouvir...
Pela frustração de outros tomei a minha, pelos sucessos vividos uma parcela senti, compreendi na incompreensão. "Isto passa muito depressa, não julguem que não". Adiamos constantemente o que não pode ser adiado, com a promessa que será a última vez, até ao ponto em que adiar é saltar do precipício, porque não há mais tempo para viver e o que sobra é um imenso vazio!
De que me serve uma vida profissional estável, ser brilhante no que faço, monetariamente muito acima da média, ter inúmeras regalias, um "futuro brilhante" pela frente...?! Será este o meu talento?! Chegarei perto D'ele e direi: "Senhor, entregaste-me dois talentos; eis aqui outros dois que ganhei." (Mateus 25:22); Ou simplesmente os estou a desperdiçar?!
Perfilam-se inúmeras ideias na minha mente. A pilha de lenha tem proporções faraónicas à minha escala, toda muito bem regada de gasolina. O fósforo padece ansiedade de consumar o fim para o qual foi acesso, preso entre os dois dedos da minha mão... Sozinho não consigo, o que até agora encarei como cobardia, vejo agora ser bravura!
Trinta e três, 33, idade com que Jesus Cristo morreu e ressuscitou por todos nós. Trinta e três, 33, idade com que planeio ressuscitar porque morto já me sinto, e apenas por mim porque não vivo um pouco pelos outros. Sem dramatismos o digo, com tranquilidade e clareza o faço, com humildade teço uma teia um pouco mais ou lado. Seria devastador "falhar" este "nostradantismo", por isso ficam sementes neste campo de cultivo que é a minha mente. Sementes cuja planta dará frutos se necessários que mais não são do que se's, se isto, se aquilo... Diferentes conjunturas para diferentes cenários; inflações, deflações... Prudência ou desculpa, não quero saber!
E para já?...
Seguiram-se períodos férteis de anseios, redefinições, indefinições e frustrações. Despropósitos insolventes de projectos hipotecados pela incapacidade de sonhar sonhando. Encurtar horizontes temporais, alargar espaço territorial, tudo fui pesado, medido, auscultado e sem sucesso.
A deambulação pelos livros e pela música trouxe algumas perguntas, sem no entanto esgotar nenhuma resposta, mas pelo menos afigura-se um arco-íris para percorrer na expectativa do pote de ouro na outra extremidade. Materializei esta ânsia em algo mais humano, mais terreno. Depressa a boa notícia e a má foram se tornaram uma só. O meu vaticínio comprova-se e já muitas mentes se inquietaram antes, os mesmos gritos surdos se fizeram ouvir...
Pela frustração de outros tomei a minha, pelos sucessos vividos uma parcela senti, compreendi na incompreensão. "Isto passa muito depressa, não julguem que não". Adiamos constantemente o que não pode ser adiado, com a promessa que será a última vez, até ao ponto em que adiar é saltar do precipício, porque não há mais tempo para viver e o que sobra é um imenso vazio!
De que me serve uma vida profissional estável, ser brilhante no que faço, monetariamente muito acima da média, ter inúmeras regalias, um "futuro brilhante" pela frente...?! Será este o meu talento?! Chegarei perto D'ele e direi: "Senhor, entregaste-me dois talentos; eis aqui outros dois que ganhei." (Mateus 25:22); Ou simplesmente os estou a desperdiçar?!
Perfilam-se inúmeras ideias na minha mente. A pilha de lenha tem proporções faraónicas à minha escala, toda muito bem regada de gasolina. O fósforo padece ansiedade de consumar o fim para o qual foi acesso, preso entre os dois dedos da minha mão... Sozinho não consigo, o que até agora encarei como cobardia, vejo agora ser bravura!
Trinta e três, 33, idade com que Jesus Cristo morreu e ressuscitou por todos nós. Trinta e três, 33, idade com que planeio ressuscitar porque morto já me sinto, e apenas por mim porque não vivo um pouco pelos outros. Sem dramatismos o digo, com tranquilidade e clareza o faço, com humildade teço uma teia um pouco mais ou lado. Seria devastador "falhar" este "nostradantismo", por isso ficam sementes neste campo de cultivo que é a minha mente. Sementes cuja planta dará frutos se necessários que mais não são do que se's, se isto, se aquilo... Diferentes conjunturas para diferentes cenários; inflações, deflações... Prudência ou desculpa, não quero saber!
E para já?...
Neste post só quero deixar este poema, não vou dizer mais nada...não quero nem é preciso. :-)
ResponderEliminar"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,
quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito
repetindo todos os dias os mesmos trajectos,
quem não muda de marca,
não se arrisca a vestir uma nova cor
ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem evita uma paixão e o seu redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos
e restauram os corações despedaçados.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz
com o seu trabalho ou amor,
quem não arrisca o certo pelo incerto
para ir atrás de um sonho
quem não se permite, pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos...
Não te deixes morrer lentamente."
(Pablo Neruda)
já sabes o que acho em relação a isso!!!
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