Devia-o, devia a mim mesmo. Iria jurar que havia lido algo do Poeta, olvidando-me qual a peça da sua obra. Juraria mas atraiçoa-me a memória. Poeta maior da Terra que não me tendo visto nascer, me viu crescer e na sua parte me fez crescer. Espacei o tempo da visita física ao lar que o viu crescer e morrer, à visita à parte da alma que escolheu mostrar. Atraiçoado e em dívida início este caminho obrigatório numa antologia que me irá "seduzir e conquistar" na causa Regiana.
Diz o homem de si:
"Poeta sou! cumpro o meu Fado, estranho
Como o dum santo ou um louco
Só posso dar de mais ou muito pouco
Que é tudo quanto tenho"
Como poeta divide o narcisismo da certeza de possuir um grande dom expressivo, com a fragilidade humana em que "as suas virtualidades ultrapassarem sempre as suas realizações". Posso julgar entender, como um filho segura a mão forte de um pai e lhe pede que conduza, com a certeza de abraçar Deus. Neste prazer "recente" da poesia, julgo ter descoberto um alma mater de uma técnica elegante, com arrebatadores e extraordinários excertos de alma, conciliados entre o divino e o profano, o altismo e a fragilidade, emprestando ao objecto da sua escrita uma ingenuidade intemporal.
Um sublinhado para o poema "Romance de Vila do Conde"...
Hemorragia de palavras organizadas em pensamentos vagos de uma diarreia indistinta, do alimento que implicou tal resultado. Fácil encostar o livro e agarrar o Sudoku na viagem à Bavaria. Ficou antes da metade...
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