domingo, 17 de maio de 2009

Redescoberta de sentidos

Absurdo, incrível, fantástico, arrebatador, sufocante, agonizante... Mescla de sentidos, emaranhado de sensações, plenitude de sentimentos. Allien nativo num planeta estrangeiro... Que é isto? Mas que é isto? Sentimentos que nunca o foram, tendo sempre sido. It makes sense, simplesmente aparecem, surgem, contemplar não basta, sou trucidado como frágil papel de arroz sobre os pés de uma manada de elefantes furiosos.

Procuro uma âncora que me segure ao fundo, necessito de uma rede de segurança que me separe da dor física de me espatifar num solo, preciso de uma face para este deus pagão. Busco na memória não encontro. Música, livros, nada... Embriagado com o presente, procuro definições e similaridades no passado e no futuro.

Geralmente escrevo; lendo questiono-me: quem é este? Estranho, parvo, similaridades de estados de alma, fusão de ideias, mas ainda assim uma outra pessoa, uma outra vida. Só seguro a caneta, então quem a empurra? Uma vez houve que escrevi, mas não era no passado, não era no presente. O futuro é hoje presente e melhor âncora não encontro, tirem a rede que o chão não me assusta o deus, a Deusa tem um rosto...

"Tu e eu... só os dois, tu e eu...

Em partilha, em fusão, em simbiose... tu e eu...
Nós os dois... tu e eu...
Por breves momentos tudo é nosso.
Ninguém nos pode roubar
Tudo isso é nosso, tu és minha
Quando deslizamos ou caímos,sempre,a descoberta é nossa, a recompensa imensa!

Tu e eu... As tuas formas, a tua suavidade, a tua elegância,
Moldadas pelo meu peito que em ti repousa,
Pelos mais braços que te agarram e sacudem vigorosamente,
Pelos meus pés que nos guiam em direcção
Da mais perfeita contemplação de prazer... Tu e eu...

Foste feita à medida da minha alma,
Foste feita sem ímpar,
Foste feita para ser minha... tu e eu...
Nunca será a última,

Não nesta tarde, não nesta manhã.
Pedes-me sempre mais e Eu quero seguir-te, deixar-me guiar.
Por ti venço a exaustão do corpo,
Apenas pela explosão dos sentidos... tu e eu...

Para quê explicar o que não pode ser explicado?!
Para quê explicar o que não podem entender?!
Para quê explicar o que apenas faz sentido ser vivido?!
Para quê, para quê?

És a minha Meca, o meu Santo Graal,
O meu unicórnio, o meu tormento, a minha perdição,
És meiga, gentil e terrível na tua inocente cólera.
Tu e eu, eu e tu, ou simplesmente NÓS.

Ti ringraziamo per aver effettuato mi sento così speciale"
(Sono in Amato, 20 de Outubro de 2008)

Tal como a assimetria de qualquer rosto humano, também estas palavras são assimétricas com os sentimentos despertados. Tiram-se os espelhos e o que fica é o mais genuíno retrato do que sinto, transportado do passado...
APARECE...

1 comentário:

  1. Não quero tecer elogios à tua escrita, não que não os mereças, mas desta vez não o venho fazer ...
    Tão somente posso sentir comunhão nas tuas palvras, pela identificação com esta forma de amar!
    De facto amo assim ... e é assim que quero ser amada!

    Penso que agora queres que vejam o teu mundo do lado de dentro da redoma do vidro ... já entendes que é belo, é único e não faz sentido o vidro que separa!

    Espero que ela apareça logo ... e que ele logo me apareça!

    ResponderEliminar