Mais de semana e meia volvida do regresso, com um saltinho à Las Ramblas pelo meio, onde a energia e vida de uma cidade, à data pulsante mas que agora se move vagarosamente na minha mente, e ainda sinto na pele a chuva que molha os sentidos, os sons que despertam a mente, os vultos dos edifícios enormes que entorpecem as sensações, a simpatia do arco-íris de pessoas que perturbam as emoções...
Como um filme, um mundo à parte, sem descrição, tantas são as definições simplistas e muitas vezes ouvidas que descrevem parte do que a cidade nos devolve. No meu caso não devolveu nada, porque nada levava de expectativas; no meu caso despertou...
Já diz a música, a cidade onde as ruas nos fazem sentir bonitos. Fazem sentir-nos bonitos, diferentes, iguais, especiais. Há espaço para todos, é multicultural, há oportunidades únicas nas quais encontramos não só um pouco de nós como do mundo.
A distância seja temporal como física não apaga as sensações. A poeira que se levantou e me deturpava a visão está a assentar, ficando a impressão marcante que recolhi, impressão essa que não se apagará. É uma presença nos sonhos, é uma presença acordado, manifesta-se em diversas situações da rotina diária, originando um sorriso indisfarçável.
É um mundo e é a nossa aldeia, onde as pessoas param simplesmente para nos darem um olá ou perguntarem se está tudo bem e em seguida oferecer ajuda. As pessoas marcaram imenso, o nova iorquinho surpreendeu a níveis aos quais não estou já habituado quando a surpresa sendo positiva, vem de outros seres humanos.
Talvez estas linhas tenham sido escritas cedo demais. Talvez precisasse de deixar assentar devidamente a poeira antes de expurgar esta tosse que me aflige com o medicamento que são as palavras. Mas rudimentares são as palavras, como as figuras do homem das cavernas, para ilustrar a grandeza com que ele vê a caça e o que o cerca, como presa fui no emaranhado de sensações em que me envolvi em New York...
Que inveja ... adorava ir a New York!!!
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