Pedro Bala, Professor, João Grande, Dora, Sem-pernas, Gato, Boa-vida, Querido-de-deus, Volta-seca, Pirulito... Miúdos de rua da Bahia, meninos feito homens que superam a ausência do carinho de uma mãe, de um adulto, a fome, a violência, a miséria, de uma só forma, ripostando com mais força...
Superada a inicial relutância na leitura desta edição em português do outro lado do Atlântico, mais por uma questão de estranheza que qualquer falso puritismo linguístico, vejo-me mergulhado num universo muito confinado que Jorge Amado tece ardilosamente.
A forma como os meninos são apresentados um por um, numa casualidade que só encontra justificação na assertividade da escolha do momento oportuno. A forma como entendemos o grupo como o conjunto dos meninos, sem que perca o espaço do indivíduo em si e por si. O final é o possível, estando a falar do final há tanto no início que ainda sinto versatilmente na minha mente. Uns vencem, para outros a questão da vitória é pessoal, mas todos cumprem os seus desígnios.
É uma crónica social brutal, dura, humana na sua mesquinhez, ingenuidade de sentimentos, na propensão sanguinária, mas acima de tudo real. Choca, pela impunidade da maldade pela passividade da autoridade, do clero...
Cada menino transporta inseguranças minhas, medos, receios, mas também orgulho, teimosia, espírito de sobrevivência, sentido de justiça...
A palavra escolhida seria coragem, coragem dos miúdos, coragem de continuar a ler o livro, coragem por não recear sentir!
Superada a inicial relutância na leitura desta edição em português do outro lado do Atlântico, mais por uma questão de estranheza que qualquer falso puritismo linguístico, vejo-me mergulhado num universo muito confinado que Jorge Amado tece ardilosamente.
A forma como os meninos são apresentados um por um, numa casualidade que só encontra justificação na assertividade da escolha do momento oportuno. A forma como entendemos o grupo como o conjunto dos meninos, sem que perca o espaço do indivíduo em si e por si. O final é o possível, estando a falar do final há tanto no início que ainda sinto versatilmente na minha mente. Uns vencem, para outros a questão da vitória é pessoal, mas todos cumprem os seus desígnios.
É uma crónica social brutal, dura, humana na sua mesquinhez, ingenuidade de sentimentos, na propensão sanguinária, mas acima de tudo real. Choca, pela impunidade da maldade pela passividade da autoridade, do clero...
Cada menino transporta inseguranças minhas, medos, receios, mas também orgulho, teimosia, espírito de sobrevivência, sentido de justiça...
A palavra escolhida seria coragem, coragem dos miúdos, coragem de continuar a ler o livro, coragem por não recear sentir!
Certo que lá chegarei, sem mais desculpas...
Sem comentários:
Enviar um comentário