Palavra que define o meu estado - sílabas. Palavra que nem o chega a ser, não é mas chama-se. A palavra tem três, e elas as sílabas têm uma. O que contem o quê e quem define quem?
Assim sou eu, uma intenção, somatório de despropósitos, definindo-me em fórmulas sem exatidão. Queria ser apenas a sílaba porque gosto, porque soa bem, porque ninguém a define, porque não é nada e traz a liberdade de tudo. Liberdade de imaginar, liberdade de completar, liberdade de recriar. Não quero existir nas fronteiras delineadas da palavra, preciso mais espaço, preciso mais liberdade.
Sílabas, que bem me soam, como delas gosto. Sílabas repito uma e outra vez, repito todas as vezes que necessito menos uma, por mais que some um ao infinito. Mas escuto-me e acalmo-me, expando-me, relaxo e abstenho-me da melancolia que se apodera. A melancolia que sempre desejo, mas que a saudade não sinto, quanto por perto não a tenho presente.
Entre palavras que mais não são que sílabas traço rudimentos do que apoquenta o âmago e liberto-me no poder que me reencontra caprichosamente...
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