Dor, ódio, falta de amor, repúdio, sofrimento, angústia, desilusão, perda, solidão, choro, fragilidade... Tudo pedras arremessadas à fundação do individuo ameaçando-o fazer ruir, numa devassidão que suprime todo o desejo, toda a cor, toda a coragem.
Tão pouco é preciso fazer para afastar o medo, mas tanto mais o faz regressar. Desequilíbrio de ações que se traduz num absurdo duelo entre o passo em frente e a rendição figurativa à posição fetal.
Rosto que te toldas perante o medo
É de um abraço que precisas?
Um beijo talvez, ou nada quem sabe
Ofereça o pobre aquilo que não tem
Porque gozas tu coragem o medo?
Tu que estás só, ele que tem tanta companhia
Eu, tu, ele, nós, vós, eles - todos
Todos temos medo de algo, medo de ter medo
É isso o medo - somos nós!
In Letras do Olhar 06 de Junho 2014
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