Ideias e mais ideias, percursos percorridos pela metade, na esterilidade da concepção inacabada pela imperfeição. Permito-me deambular nestas estradas de sensações em que o horizonte se esfuma na materialidade de uma miragem. Saio para me encontrar e regresso tendo-me perdido.
Doem-me as pernas, aquelas que me levam nestes trajectos, ou seja, dói-me a cabeça. Porque não paro para pedir indicações, porquê? Eu sei porque não o faço, não sei onde tenho de chegar, mas sei onde tenho de estar agora, porque o que interessa é o aqui e o agora. O agora é neste instante e o aqui um par de passos de onde me prosto.
É como se tudo que desejei ter, estivesse aqui, agora… Basta caminhar uns passos, basta esticar o braço. E se dou o último passo e se o meu braço percorre a distância que me permite agarrar, e aí? Aí o aqui e o agora, serão passado e em vez da minha viagem estar perto do fim, estarei a iniciar uma nova, porque não sei onde tenho de chegar, mas sei onde devo estar, não sei é onde estou…
a descoberta é constante. o que hoje parece correcto,amanhã é errado. queremos o que não temos, nem podemos ter... ou não! talvez tudo esteja ao nosso alcance, nem que seja por pequenos momentos!
ResponderEliminar**PC**
Identifiquei-me muito com a tua escrita em particular com este texto. O Agora é tudo o que temos, não é mesmo? Mas como custa agarrá-lo...e senti-lo intensamente, próximo aos nossos desejos...Outras vezes, sensível que sou, sinto o hoje como se fosse morrer amanhã. Doidice.
ResponderEliminarbjinhos, Larissa