Um dia sonhei e do sonho ficou esta pegada:
Hoje quero ter um sonho
Não, hoje vou ter um sonho
Será sonho que não é sonho
Não vou ter, mas quero
Quero que seja real.
Fecho os olhos
Ouço a respiração
Cruzo o ponto sem retorno
A passagem é suave
As sensações imensas.
Não há o acordar penitente
Não há o trânsito caótico
Não há o sorriso forçado
Não há a explosão contida
Ouso julgar não haver o que há.
Há a opção, a escolha
Do quando
Do com quem
Do quanto
Do como.
Sou produtor
Sou realizador
Sou protagonista
Sou guionista e...
E não faço nada!
Tudo está conjugado
Tudo flui numa proporção que é só minha
A partilha é egoísmo
Não há dor porque não há prazer
Não há nada e há tudo.
Tão simples o meu sonho
Simples na complexidade
Fecharei os olhos
Ouvirei a respiração
Os olhos não se abrirão
A respiração ficará sempre igual
e aí sim, será REAL.
"se um único
sonho
de cada
homem
se tornar
realidade
que outros
homens
acordarão
dos seus
sonhos?"
Acorda do teu sonho, eu estou aqui, sempre estive...
Porque me fazes isto?
Solta-me, liberta-me.
Não vês que se correr ainda a apanho?
Sim é ela que ali vai, ainda não é tarde.
Eu preciso, eu quero, eu desejo
Como digo, como faço, como demonstro?
Mãos com a vossa força
Garganta com a tua raiva
Olhos com a vossa piedade
Fossas nasais com a vossa energia
Rasgai, gritai, levai o oxigénio às células
Que se solto o que aqui dentro tenho
Que saia, que chegue a quem deve
Dentro é estéril, nos teus ouvidos o milagre
Milagre de vida, milagre de ressurreição
Julgava-me vivo, mas morro por viver
Morro por te mostrar a vida que tenho em mim
Semente que plantaste, árvore que cresce
Não a vês? Sabes que está aqui.
Não a digas que a vês, não a vês
É grande, é intensa, é única
Foste tu quem a plantou.
Porra que não sei,
Porra que esqueci,
Porra que estou perdido.
Para que me servis, mãos, olhos, boca, nariz, ouvidos?
Para que me servis se não vejo
Se não sinto com a pele
Se não capto o cheiro
Se não ouço
Se não sinto o sabor dela?
Podeis-me dizer que sinto, que ouço, que capto, que vejo
Sim tudo o faço, mas nada o demonstro
Ajudai-me, ajudai-me...
Sentes-te perdido porque a tua bússula não aponta o comum Norte ...
ResponderEliminarEsse ponto cardeal de referência que indica e guia todos os caminhos, mesmo quando vamos para Sul ...
Encontra e Segue o teu Norte ...
É incrível a forma como te desencontras nos teus conseguidos encontros... Derramas com preceito liquidos que gostas de ver cair e apreciar a escorregar sabendo tu que estarias a um passo, a um gesto de o evitar nem que fosse assumindo tiques, movimentos ou vocalizações involuntários, súbitos e repetitivos... Desamarra-te, o incontrolável não se consegue domar...
ResponderEliminarO que se passa contigo? Porque amordaças com silêncio a boca?