Ver-te partir! Doce agonia na imperfeição de um ato perpetuado em demasiadas repetições. Partes porque te pedi, partes porque este não é o tempo, nem o local. E a pessoa, serei eu essa pessoa?
Mas que importa se sou eu ou não a pessoa?! E tu, és tu a Pessoa? Não és pois não? Não me posso enganar novamente.
O frio pela ausência de todas as coisas que antes me assustaram e agora me atormentam por nada mais serem que silêncio.
Sinto medo do que busco e o que encontro assusta-me ainda mais. Impercetível ironia que pouco me diz e muito me destrói, no que me faz sentir.
Nenhum lado a que pertencer, ninguém para amar, propósito algum para abraçar. Verdadeiramente à deriva num palco de sombras que persigo como se das cores mais brilhantes se tratassem.
És mais uma sombra e ao ver-te afastar, ao ver-te partir estou certo que se num derradeiro gesto esticar a mão para te agarrar, nada mais sentirei nas mãos que os dedos a tocarem-se, pois a minha inquietação não tem forma.
Entre linhas deambulo tentando capturar esta inquietação, mas estas palavras desprovidas de sentido e alma, são mais uma sombra que se recusa sair. Peço-te por favor sai, por favor parte...
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Palavra do ano
Palavra do ano, não deste, não do que me encontro, mas do que passou. Passado não presente, sempre passado. Futuro existe apenas para me recordar que nunca o vou conseguir e quem o diz?! O passado o diz.
Digo eu agora, palavra do ano: relaxar! Achava eu, mas ocorre-me que precisar merece a legitimidade do título. Sim precisar, eu preciso! Relaxar igual a ação, precisar igual a perceção. Agir em vez de sentir. Sinto sempre e não ajo.
Precisar por quê? Do que preciso afinal? Preciso que seja aquilo que me force a ser o que serei. Mistura de tempos, passado, presente e futuro; mescla de sentir e agir.
Não me consolo e diria o que já disse: a vida é um despropósito de razões, perante a insignificância de momentos aleatórios!
Não preciso dizer a palavra do presente e essa é a melhor ação, a única ação que me permito...
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