Dois telemóveis duas vias abertas, sem qualquer controlo de indivíduos que irrompem quando, como e onde desejam. Um pessoal, outro profissional, um sem saldo, outro com saldo inesgotável. Estranha incoerência perante o desejo de viver outras realidades.
Palavras simples, mas como raio encontrar palavras simples para pensamentos, sentimentos, essências não tangíveis. Não disse ser uma pergunta, mas não sei ter sido uma afirmação, simplesmente o é, existe e a palavra é de patética simplicidade.
Existir entre dois planos, o que somos e o que desejamos ser. Entre a realidade e a expectativa. "Não é pessoal e não estou a questionar o empenho e o ensejo por realizar tal tarefa..." Meto-me nojo, nesta prostituição não de princípios, não de ideias, não de convições, mas de nada. Nada, mesmo nada e a verdade ""esgotas-me, cansas-me, fazes sobressair em mim os monstros escondidos, não te quero ver"". Duplas aspas para uma citação não dita no passado, desejada neste presente e certamente sem futuro. E ele foi-se...
Foi este mas tantos há por ir, pois o monstro tem de ser acorrentado, silenciado, anulado...
Não ligo porque não posso de outro modo teria-o feito. Não requer citação, não requer aspas, não requer nada. Estou sem saldo, não posso comunicar. O monstro está pacífico, acordará pelo ruído crescente em meu redor. Palavras, frases, com e sem sentido. Escuto e escuto e escuto. Tento falar, tento... É pessoal, não comunico, não sinto o meu empenho já desisti!
Procuro sim, o quê não sei. Passo a vida à procura sem saber o que me falta! Alguém me ouve?!
Sem comentários:
Enviar um comentário