Aqui estou, segundos após o mata desassossegos, ao som de uma bala que sai da cabeça, entra na espingarda, liberta o dedo do gatilho e retrocede a verdade da música, a um inconfundível grito de manifesta revolta. Ecos do passado que me insubordinam perante o que presente me apresenta.
Estou aqui, sim estou e os meus dedos respondem ao estímulo que não sei de onde surge, mas me encaminha rapidamente num percurso que libertará porções de descontentamento, porções essas ainda assim não saciam a voracidade do monstro, que cresce dentro de mim e se apodera da minha esperança.
Hoje há um sentido há este sentido. Letra após letra surge um alinhamento que me trás a tranquilidade momentânea. Questão de ritmo, de cadência, de imprudente partilha, ou desorientadora e ardilosa armadilha. Assim é a pauta, assim cresce linha após linha, frase após frase, parágrafo após parágrafo, ideia após ideia. Tudo se articula melodicamente sem arrogância de ser compreendido, sem o pretensiosismo de manifestar reconhecimento.
Passa a música que não é minha, mas à qual empresto a minha alma e a minha inquietude. Passa e eu ouço, ouço e não gosto mas toco e gosto de tocar. Em êxtase acelero para o final. Não aguardo manifestações, não aguardo correspondência. Talvez um comment aqui e além. Agradeço o esforço de compreensão, agradeço. Agradeço ainda mais o sentido de humanidade, da forma que eu sei e encontro.
São muitas as semelhanças, mas muitas mais as diferenças com um DJ. De diferenças julgo eu marcada a minha vida. As semelhanças essas, esgotam-me na procura frustrada. A música terminou, mas o meu corpo, a minha alma vacilam na insatisfação. Permitirei não, que o monstro se apodere. Não hoje, não agora, que me bastam estes poucos minutos a arrumar os discos como se fossem palavras.
Mata desassossego, dedo no gatilho, bala toma o seu caminho e aloja-se na cabeça... A last wish...
Everything will be fine.
ResponderEliminarCome here. Would be a pleasure to hold you...
Kiss
**PC**