Toda a estória tem um outro lado, ou assim me fazem crer. Perco o rasto à afirmação e não sendo inteiramente minha, ostento-a tal como o vento sacude uma bandeira, sem perguntar quem é o seu proprietário.
Vejo de um lado, vejo do outro, o lado que é meu e o que não sei a quem pertence. Vejo por todos os lados e mais me sinto voltado para dentro, fechando um círculo que talvez nunca o deixara de ser.
Quem eu sou?
Sou peixe que nada no aquário e não no mar
Sou pássaro que na gaiola sonha com a miragem do céu
Sou flor que existe em estufa, estremecendo de desejo pelo sol...
Se sou peixe, pássaro, flor,
Se desconheço o mar, o céu, o calor do céu,
Mas se julgo nadar, sonhar, existir
Então quem sou eu?
Suspirando, nego-me a descobrir...
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