sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Sem chama

Feliz eu não sou. Sinto-me indecifrável, insondável na minha exposição aos sentidos. Só despropósitos, deixando-me apoderar pela raiva. Ela, a raiva, toma conta de mim, a vista fica toldada, sufoco de angústia.
 
Vivo pela promessa de vida. O tempo escoa e nada fica por sonhar, tudo fica por viver. Mas que porra, que porra.
 
Se ao menos contasse para algo, se ao menos esta adolescência de sentidos me trouxer um amadurecimento; se ao menos eu não me tornar como tu... Poderei odiar o que não sou, estando-me a tornar naquilo que quero ser?!
 
Sinto-me perto do horror que me foi previamente anunciado... É isto DB?! É isto?! É por aqui?! Abrace-me com esses braços torturados pela idade, com a força que só a experiência de uma vida transporta. Simplesmente abrace-me, entregando-me ao destino por detrás da cortina que abriu, para um palco que não desejei atuar...

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