O novo ponto de partida não é desafio. Como sempre não parto para chegar, mas chego para partir. Uma estória, um ponto, uma viagem empreendida vezes sem contas em espírito. Emprestasse-me a estória, sem preciosismos contidos em aspas e com o desprimor do encontro fortuito, numa qualquer corrente de emails de autoria desconhecida.
Em substância comparam-se três pilares da vida social do indivíduo. Um balde cheio com bolas de golfe, está mesmo cheio? Para alguns estará, mas facilmente se despeja areia que irá preencher o espaço deixado. Estará cheio aí? Entornando um café facilmente descobrimos que há sempre espaço para mais. Diz o autor, num jogo de simples analogias, o balde é a nossa vida e o que ela pode conter; as bolas a nossa família, o trabalho areia e o café a amizade. Se preenchermos a nossa vida com trabalho, não haverá espaço para nossa família e para os amigos há sempre tempo para um café...
Onde está a minha areia, onde estão as minhas bolas de golfe, porque não derramo o café? E mais importante, deverá ser esse o conteúdo da minha vida?
Viverei até quando? Até aos 74 talvez, se usar a estatística. Uma régua de 74 cm diz-me o que já sei mas que me dificulto entender. Em breve marcarei 33 cm nessa régua. Ao lado esquerdo do meu polegar esquerdo, o que eu já vivi, ao lado direito o direito que a estatística me dá de viver. Como aconteceu isto, como cheguei aqui?
Porque corro, porque anseio, porque desejo, porque me impaciento? Porque não solto o grito, porque não dou o passo, porque não fecho os olhos e tapo os ouvidos e digo BASTA! Basta de ser eu que sou agora, para ser o eu que quero ser... E corro, corro, corro, porque mesmo sabendo que não venço o fim da régua, basta saber que correrei mais depressa do eu que sou agora... Mas são voltas e voltas e voltas e mais voltas ao tempo!
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