Alinhem-se as palavras, quero falar! Ouviram, ouviram bem? O que vos digo? Ah não ouvem... Não ouvem porque não sentem, rejubilam quando enfureço, entristecem-se quando o peso da infelicidade não me pesa nos ombros.
De que me serve a lingua se a movo e nada faz, nada ouço, nada digo?! ocupa espaço, espaço que posso peencher com comida, comida essa que alimenta o corpo, quando as palavras falharam em alimentar a mente.
E isso sou eu, uma enorme ocupação de espaço que não serve para nada que não seja o que ainda não descobri! E isso sou eu...
quinta-feira, 31 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Eis que posso parar de começar o que nunca termino... Eis que olho em frente e vejo letras só letras, mas quem as pôs assim, quem? Como que caminhando sem chegar a lado nenhum, letra por letra sinto-me desentorpecer e afloram em mim o que julgava adormecido.
Tão simples, tão libertador, tão simples! Encontro-me agora no centro do tornado, à minha volta tudo rodopia numa ferocidade de movimento mas inaudível. Com clareza chego a parte do todo, apenas pela soma todas as partes. Tão libertador, tão simples, tão libertador! Porque não me permito partir assim?! Porquê? O passo é lateral mas o movimento frontal, as ideias cruzam-se em aparente descoordenação, mas... mas não quero chegar a lado nenhum.
Fui jardineiro, sinto querer ser. Sou filho sem pai saber ser. Sinto não ser o que desejei ser. Conquistei um passado, confundo-me no presente e baixo os braços perante um futuro que sinto não desejar.
Vezes sem conta vi-o cair e ele caía... Agora ele sou eu e caio, como eu caio. Não não quero voar, não não há pesadelo de que me possa evadir com um simples abrir de olhos. Não estou assustado afinal eu sou ele, e ele já era eu ainda antes de ter vindo a este mundo. E o ele antes dele?!
O meu avô partiu ele partiu. "Estás aí?! Devia chorar-te, mas não sinto que precise. Espera vou chorar... Não só ia chorar da mesma forma que se vê um filme, é triste, mas é um filme. É triste mas não estou triste."
É o meu avô mas nunca o soube ser e agora com a sua boina, pele fria, desprovido de cor e pouca carne abraçando os ossos é um boneco sem ação. Podia ser a criança que pega em ti e te dá a vida possível de boneco. Sim faço isso, já o faço vives a cada lufada de ar que tomo, a cada piscar de olhos, a cada lágrima que fica por derramar. Tudo porque tu és ele, ele sou eu e todos somos o mesmo.
Como te guardo na mente, onde falta carinho não há ódio, apenas talvez frustração por não me teres deixado simplesmente lá estar. Penso em ti e não tenho de ver a foto assinalando a tua morada. Estranho mas não, penso em ti e vejo-te alegre sempre tu mesmo, sempre um estranho que enquanto e que me fazia tremer de medo em fechar os olhos, com receio que a cada abrir te afastasses até que desaparecias. Sabes que mais?!
És importante para mim e pensando em ti, na forma digna que escolheste partir, no beijo de despedida e a tristeza não é do filme e para ser eu, para ser ele, e para sermos os três o mesmo, sinto que não ficará lágrima por derramar.
Tão simples, tão libertador, tão simples! Encontro-me agora no centro do tornado, à minha volta tudo rodopia numa ferocidade de movimento mas inaudível. Com clareza chego a parte do todo, apenas pela soma todas as partes. Tão libertador, tão simples, tão libertador! Porque não me permito partir assim?! Porquê? O passo é lateral mas o movimento frontal, as ideias cruzam-se em aparente descoordenação, mas... mas não quero chegar a lado nenhum.
Fui jardineiro, sinto querer ser. Sou filho sem pai saber ser. Sinto não ser o que desejei ser. Conquistei um passado, confundo-me no presente e baixo os braços perante um futuro que sinto não desejar.
Vezes sem conta vi-o cair e ele caía... Agora ele sou eu e caio, como eu caio. Não não quero voar, não não há pesadelo de que me possa evadir com um simples abrir de olhos. Não estou assustado afinal eu sou ele, e ele já era eu ainda antes de ter vindo a este mundo. E o ele antes dele?!
O meu avô partiu ele partiu. "Estás aí?! Devia chorar-te, mas não sinto que precise. Espera vou chorar... Não só ia chorar da mesma forma que se vê um filme, é triste, mas é um filme. É triste mas não estou triste."
É o meu avô mas nunca o soube ser e agora com a sua boina, pele fria, desprovido de cor e pouca carne abraçando os ossos é um boneco sem ação. Podia ser a criança que pega em ti e te dá a vida possível de boneco. Sim faço isso, já o faço vives a cada lufada de ar que tomo, a cada piscar de olhos, a cada lágrima que fica por derramar. Tudo porque tu és ele, ele sou eu e todos somos o mesmo.
Como te guardo na mente, onde falta carinho não há ódio, apenas talvez frustração por não me teres deixado simplesmente lá estar. Penso em ti e não tenho de ver a foto assinalando a tua morada. Estranho mas não, penso em ti e vejo-te alegre sempre tu mesmo, sempre um estranho que enquanto e que me fazia tremer de medo em fechar os olhos, com receio que a cada abrir te afastasses até que desaparecias. Sabes que mais?!
És importante para mim e pensando em ti, na forma digna que escolheste partir, no beijo de despedida e a tristeza não é do filme e para ser eu, para ser ele, e para sermos os três o mesmo, sinto que não ficará lágrima por derramar.
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