É agora, pouco falta. Pouco falta quando muita gente julgou saber nada faltar. Vim sozinho e 33 anos depois sozinho estou. Era sem Facebook, sms, chamadas telemóvel. Era, era sim agora sou tudo isso, mas agora não tenho nada e nada são 33 anos após em que me expulsavam do meio que conhecera durante 9 meses e que acolheram as minhas primeiras células, traçando o resquício do que fui para ser.
Passados e presentes, futuros quem sabe. Até alguns que não sendo passado, não estando no presente, não sei que papel me esperam no futuro. Estranho é que o que me consome as células nervosas, este bilhete para uma viagem de abstracção quase completa, me tenha sido presenteado por quem passou onde eu passei e cujo sangue me diz: Irmãos. Irmãos depois, porque agora 33 anos atrás era só sozinho.
Não me sinta só, não me sinta pretensioso. Sinto-me sim enjaulado neste colete de forças que me trespassa a fúria de fuga.Sei que a idade não legitima nada, apenas desculpa. Sei que necessito de metade da arrogância e o dobro da humildade.
Humildade me foda e arrogância me coroe, mas foda-se vim só e só irei.
Parabéns Joel, parabéns.