terça-feira, 31 de março de 2009

Porquê agora?



Porque posso, porque sei, porque consigo... mas acima de tudo porque preciso! Fiquei tempo demais no mar, parei a evolução, recusei-me vir para terra, até que o mar secou e fui obrigado a rastejar no lugar de caminhar.


O cinzentismo das palavras ilumina o valor da alma. Num mundo cada vez mais sem alma, deveria distribuir palavras, mas cores eu dou sempre, as que possuo e as que encontro. Tantas dou que do espectro de luz, sobra o negro de tudo que absorve e o branco de tudo que quer absorver, combinando num cinzento, o que aqui expurgo.


O vinho mais precioso guarda no fundo da garrafa os seus dejectos depreciativos ao paladar humano; contrariamente a barricada é guardada por esta nuvem que necessita dispersar e depois os verdadeiros "meanings" surgirão.

Aguardando...

Murmúrios Irreflectidos

As ideias sucedem-se na mente e as palavras esvaziam-nas pela boca a um ritmo dessincronizado. Passado e presente num só, antes de o ser já o eram; são só palavras, outrora ideias... O que fui, o que "sou sido", o que "serei sido".

Procuro o sincronismo, porque só pela partilha as palavras serão fiéis às ideias e as ideias estabelecerão a força dos sentidos, conquistando então eu, o meu presente com direito a um futuro.

Não procuro que me ouçam
Saio para me perder
Fui, sendo, serei
Perdoar não é esquecer
E quando sentir que cheguei
O passo estará dado
Não o início da viagem
Mas o regresso consumado.

Eis o que me proponho...